Desde a transferência da capital para o Rio de Janeiro, os moradores da cidade de Salvador manifestavam a sua revolta com ataques contra as autoridades locais. Em geral, a elevação do preço dos alimentos, o saque aos armazéns e o incêndio do Pelourinho incorporavam o desenvolvimento de um ambiente revolucionário. Aos poucos, os integrantes das mais variadas camadas sociais passaram a defender alguma transformação mais substanciosa.
No ano de 1797, sob a influência da maçonaria francesa, formou-se em Salvador uma sociedade secreta que tinha como foco inicial realizar a disseminação do iluminismo. Composta por membros da elite intelectual baiana, essa loja maçônica promovia a leitura de textos de Voltaire e Rousseau. Além disso, seus integrantes, também conhecidos como “Cavaleiros da Luz”, passaram a circular panfletos que criticavam o governo local e defendiam a criação de uma República na Bahia.
Com o passar do tempo, esse processo de doutrinamento político ganhou forças com o expresso apoio de outros extratos da sociedade local. Em agosto de 1798, o número de integrantes do movimento se avolumou, assim como a variabilidade das reivindicações. Entre estas, destacamos a criação de um governo de inspiração jacobina, a transformação do sistema tributário, a melhoria nos salários dos oficiais, a liberdade econômica e intelectual, e a libertação dos escravos.
A inserção de líderes e demandas populares logo motivou o afastamento dos Cavaleiros da Luz, que interpretavam negativamente o aprofundamento da conjuração. Logo em seguida, por meio de investigações e denúncias, as autoridades lusitanas foram determinando quais eram os principais líderes da Inconfidência Baiana. A essa altura, nenhum membro das elites estava entre os indivíduos sujeitos à prisão e julgamento oficial.
Os soldados Lucas Dantas de Aromam e Luís Gonzaga das Virgens, e os alfaiates Manuel Faustino dos Santos e João de Deus Nascimento foram condenados à forca e esquartejamento. Outros sete acusados foram encaminhados ao exílio na África. Alguns dos escravos envolvidos no episódio foram condenados ao sofrimento de penas físicas ou vendidos para outras capitanias. Com isso, a possibilidade de uma rebelião popular foi reprimida pelos portugueses.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Olá Pessoal,
ResponderExcluirO trabalho deveria conter uma conclusão pessoal do grupo,porque qual sentido de realizar um blog com opinião de outra pessoa?
Podem realizar uma conclusão do grupo e não esquecer de acrescentar o site de informação.